quarta-feira, junho 28, 2006



Este domingo à tarde, actuámos no Rovisco Pais, uma unidade de saúde perto da Tocha, com uma área envolvente tão verdejante e diversificada que mais faz lembrar um campo de férias. Infelizmente, não é esse o principal objectivo: há um centro da APPACDM, há o centro de reabilitação e ainda a ala destinada aos ex-doentes leprosos, pessoas intitucionalizadas, homens e mulheres de 60, 70 e 80 anos que nunca conheceram outra casa a não ser esta, pessoas "desligadas" do mundo e que ali passam os seus dias. Felizmente, a "senhora enfermeira" Célia (que só por acaso tem a paciência de aturar como marido o nosso sargento...) tem a dinâmica lúcida de perceber que é preciso pôr estas pessoas a fazer coisas, a contactar com universos diferentes e estimulantes, para evitar o marasmo que até há pouco tempo ali imperava, onde as refeições eram os pontos altos da vida quotidiana. Assim, montou uma sala de ocupação de tempos livres, onde alguns destes idosos desenham, recortam, pintam, bordam e fazem toda a espécie de trabalhos manuais, sentindo-se certamente mais valorizados. Além disso, a mesma "senhora enfermeira" teve o bom gosto de nos convidar a actuar para estas duas dúzias de pessoas carentes de afectos, como forma de assinalar o São João, o que fizemos com o maior gosto. Foi um sucesso!

Tivemos um bailarino privativo, que acabou uma das coreografias com uma quase-espargata (ia derrubando a menina dos ferrinhos, para já não referir a placa, que lhe ia saltando!). Tivemos Irmãs (freiras) a dançar e a cantar toda a espécie de canções (e alguma com conteúdos bem marotos...), embora com a distância dos pares que o decoro imposto pela religião lhes exige. Tivemos o nosso sargento a tirar cafés entre canções, porque algumas pessoas com um sentido de timing menos apurado insistiram em não esperar (e sim, estávamos a actuar mesmo ao lado da máquina de café...) - e o nosso Carlitos, "de mau", tirou um galão à mulher apressada... Mas foi por engano!Nesse entretanto ficámos a saber, na lógica da mesma senhora, que não convém mexer muito o café, porque assim o açúcar mexe-se mais e é pior para a saúde. Ah pois, aprendam!!!

O mais bonito foi a expressão de felicidade e de alegria (embora não muito exteriorizada) daquelas pessoas e o que nós acabamos por sentir é que vale muito mais a pena fazer actuações para este público, que agradece qualquer pequenina atenção, do que para o público "normal". Bam hajam! E parabéns à Célita pelo trabalho desenvolvido.

1 comentário:

f@by disse...

ja k ninguem comenta...e´so pa dizer k a fila da frente podia tar a 100%...nao fosse a menina do baixo tar sp virada pa tra´s...poças...gostava de perceber pk...e´fazer favor marcar reuniao pa falar c a rapariga pah...senao assim e´sp a mxm coisa...e dpx ainda ha outra coisa,k isto de tocar so com uma mao...ker dizer...prontos...